Os partidos políticos tem muito cacique e pouco índio

Já fui presidente de um partido político em Cocal do Sul, quando eu fui convidado por um grupo de pessoas para ser presidente um partido político. Para desmitificar o dito popular de que “Os partidos políticos tem muito cacique e pouco índio...” impus a seguinte condição: REALIZAR REUNIÕES MENSAIS COM OS MEMBROS DA EXECUTIVA MUNICIPAL, REUNIÕES TRIMESTRAIS COM OS MEMBROS DO DIRETÓRIO E REUNIÕES SEMESTRAIS COM TODOS OS FILIADOS.   A primeira providência que tomamos foi à disponibilização de um local para sediar o Diretório Municipal e realizar os encontros partidários. Falamos com o proprietário de um imóvel localizado no centro da cidade, ou seja, Avenida Dr. Polidoro Santiago, s/n e ele gentilmente cedeu este imóvel. E cumprindo o compromisso do comando do partido, realizávamos todos os encontros neste local, jamais realizamos reuniões escondidas na casa de fulano ou sicrano. As despesas eram pagas pelos Vereadores e através de contribuições de muitos filiados. Na primeira vez que eu decidi disputar uma das vagas no legislativo municipal, ocorreu um fato que até hoje eu não esqueço, ou seja, teve um diretor do partido que veio falar comigo para que eu não disputasse-se uma das vagas para o Legislativo Municipal.  Fui taxativo, eu não vou deixar de disputar o direito de concorrer a uma das vagas, pelos argumentos que você está me colocando, ou seja, se quiserem de derrubar vão me derrubar no voto. No ano de 2000, outro fato lamentável aconteceu, foi nas convenções para escolher o candidato a Vice-Prefeito pelo partido, pois nas prévias já se havia decidido que o partido iria se coligar com outros partidos e iria indicar o candidato a Vice-prefeito. A parte burocrática já estava tudo resolvido, convenções marcadas, articulações daqui e dali. Infelizmente tínhamos alguns filiados que se achavam donos do partido e não queriam que houvesse disputas internas para a escolha dos candidatos a Vereador (a) e a Vice-prefeito (a) e em uma reunião dos membros da executiva municipal decidimos que em respeito à DEMOCRACIA, que o partido tanto luta, tínhamos que deixar a escolha a critério dos membros com direito a voto, que eram os membros do diretório municipal. Tudo resolvido, NÃO, pois tinha alguns membros, que até tentaram articular com outros políticos, na esfera regional, estadual e até federal para que eu não fosse o escolhido para ser o candidato a vice-prefeito. E quando estas pessoas vinham falar comigo eu era taxativo e falava: das eleições municipais, quem decide é o diretório municipal. Tinha gente que não admitia em hipótese alguma coligação com partido “A” ou “B” e eu dizia, todos os partidos são bem vindos para a coligação partidária. Resultado: aprovamos as convenções com outros partidos políticos, escolhemos os candidatos, de uma maneira DEMOCRÁTICA, vencemos as eleições, elegemos três vereadores e o vice-prefeito.  Assumimos o comando do município, sobre este assunto escreverei futuramente. Resumindo: Vivemos em um país DEMOCRÁTICO e as decisões não podem ficar nas mãos de três ou quatro pessoas.